Como prometido, vamos detalhar um pouco todas as posturas que compõem a Surya Namaskar, ou Saudação ao Sol. Começamos com a Tadasana, ou Postura da Montanha.

Fique de pé no topo do tapete, junte os pés, levante os dedos dos pés do chão, separe bem um do outro e posicione-os de volta no solo. Sinta o peso distribuído de forma equilibrada por toda a área inferior do pé. Uma boa forma de fazer isso aqui é imaginar que seu pé tem quatro cantos (dois localizados na sola do pé no calcanhar e dois localizados na base dos seus dedos do pé, um perto do dedão e outro perto do dedinho). Finque estes quatro cantos do pé no chão e perceba que quanto mais você empurrar seus pés contra o chão mais aciona os músculos das pernas.

Depois de se concentrar nos pés, contraia suas coxas e sinta suas patelas levantando, contraia o bumbum e role o cóccix levemente para baixo, empurrando seus quadris um pouco para a frente. Sinta os quadris alinhados diretamente sobre os tornozelos.

Coloque suas mãos em prece em frente do peito, palmas levemente pressionadas uma contra a outra, polegares entrelaçados tocando seu peito (esta é uma versão da Postura da Montanha, existem várias outras, sendo a mais tradicional deixar os braços esticados para baixo, como em uma “posição anatômica”).

Recue a cabeça para posicioná-la acima de seus ombros e alinhar toda sua coluna, queixo paralelo ao chão.

Contraia o períneo (assoalho pélvico) e o abdômen inferior, inspire e se estique para cima a partir da sua cintura, pressionando a coroa da cabeça em direção ao teto, sentindo a coluna longa e reta.

Expire e relaxe os ombros para baixo, longe das orelhas, e para trás. Empurre gentilmente o peito e o esterno para a frente da sala.

Respire de forma profunda e completa. Sinta o ar invadindo seu corpo, depois saindo e fazendo espaço para mais ar. Em cada inspiração tente se esticar um pouco mais para o teto, ficando um pouco mais alto. Em cada expiração, tente empurrar seus pés um pouco mais contra o chão, aumentando a estabilidade e a força das pernas. Tente aprofundar e alongar cada vez mais suas respirações, de forma natural, sem esforço.

Erros mais comuns e dicas:

É uma postura relativamente simples, mas o mais comum é a pessoa “escancarar” demais o peito, causando uma curva muito acentuada na lombar, parecida com uma “lordose”. Tente aproximar sua costela inferior do seu umbigo, sem deixar o peito fechar, e rolar o cóccix um pouco mais para baixo e para a frente.

Outro erro comum às vezes é contrair os ombros para cima. Queremos os ombros longe das orelhas, relaxados para baixo e um pouco para trás. Por sermos uma civilização criada em cadeiras (cadeira de escritório, assento de carro, de ônibus, sofá) e agora ainda olharmos muito para baixo para constantemente mexer em nossos telefones, a tendência é nossos ombros fecharem para a frente e nosso pescoço curvar para a frente. Reverta esta tendência rolando os ombros para trás e para baixo. Recue a cabeça um pouco, para ela ficar alinhada por cima dos ombros.

Benefícios:

Este é o momento em que você se situa na sala, larga sua rotina lá fora e começa a fazer conexão consigo. É quando você começa a colocar sua mente dentro de seu corpo. Neste caso, em que a postura é o início de uma Saudação ao Sol, você pode aproveitar para exprimir gratidão ao astro-rei, que irradia sua energia para manter a vida no nosso planeta.

A Postura da Montanha é a fundação de todas as posturas de pé e melhora a postura, o alinhamento, traz estabilidade e confiança.